Diabetes - "Viva Saudável sem Excessos"

Para esse efeito necessitam de insulina, uma hormona produzida pelo pâncreas. As formas mais comuns de diabetes são a diabetes tipo 1 e tipo 2 e gestacional e o seu diagnóstico é feito através de uma análise de rotina que avalia a concentração de glicose no sangue. Responsável por 90 por cento dos casos, a diabetes tipo 2 encontra-se, geralmente, associada a uma predisposição familiar, provavelmente genética. Mas o estilo de vida sedentário e uma alimentação incorreta são outros fatores que podem influenciar o seu aparecimento. Manifesta-se habitualmente na idade adulta e está intrinsecamente associada ao excesso de peso, pois cerca de 90% dos indivíduos diagnosticados com diabetes tipo 2 são obesos ou têm excesso de peso. Mas com o crescente aumento da obesidade nos mais novos (15 por cento das crianças entre os 6 e os 9 anos e mais de 35 por cento com excesso de peso, segundo a DGS), a diabetes pode aparecer em idades mais precoces, inclusivamente, em jovens. Neste caso, o pâncreas pode produzir insulina, mas as células do organismo são resistentes aos seus efeitos. A diabetes tipo 2 é uma doença silenciosa, o que significa que pode nem dar pelos sintomas durante vários anos, tornando-se por esse motivo fundamental a realização de exames de rotina. A diabetes tipo 1 aparece subitamente e pode afetar pessoas de qualquer idade, mas manifesta-se mais frequentemente em crianças e jovens. É causada por uma reação autoimune, em que as células do pâncreas que produzem insulina são destruídas pelo sistema de defesa do organismo, como se de um corpo estranho se tratasse. As pessoas com diabetes tipo1 necessitam de administrar insulina diariamente para controlar os níveis de glucose no sangue - precisam de insulina para sobreviver. Ao contrário da diabetes Tipo 2, não está diretamente relacionada com estilos de vida ou de alimentação errados.
Exercício e alimentação são vitais na prevenção
A
diabetes tipo 2 é mais frequente, mas é também aquela que pode começar a
ser prevenida desde cedo se privilegiar uma alimentação saudável.
Liberte-se dos maus hábitos alimentares o quanto antes e aposte numa
alimentação variada e rica em fibras. Sabe-se que uma adequada ingestão
de fibra alimentar (presente principalmente em frutas, vegetais,
leguminosas, massa, pão e arroz integral) altera o tempo de absorção da
glucose, contribuindo para uma redução dos níveis totais absorvidos para
o sangue. Além disso, retarda o esvaziamento gástrico, favorecendo uma
sensação de saciedade por mais tempo. Para complementar a mudança
dos hábitos alimentares, tire partido dos múltiplos benefícios das
caminhadas ao ar livre. Investigadores indicam que caminhar cerca de 15
minutos após as refeições (em especial depois do jantar) pode contribuir
para regular os níveis de glucose no sangue e reduzir o risco de
desenvolvimento desta patologia. Procure incorporar a prática do
exercício regular na sua vida, combinando treino aeróbio e de força. Não
só ajuda a melhorar a sensibilidade à insulina, como permite controlar o
peso e melhorar a circulação. O tratamento da diabetes tipo 2
começa, desde logo, por uma adaptação do que se come e quando se come. O
tratamento inicial passa pela mudança do estilo de vida, pela
introdução do exercício físico regular e pela eventual perda de peso. Se
não for possível controlar a doença desta forma, a terapêutica passa
pela toma de antidiabéticos orais (comprimidos) e, em certos casos,
insulina. Já a diabetes tipo 1 é uma das doenças crónicas mais
frequentes na infância, com uma prevalência que, segundo o registo
nacional da diabetes, em 2009, atingia perto de 2 600 crianças e jovens
com idades entre 0-19 anos, o que corresponde a 0,12 % da população
portuguesa neste escalão etário. A incidência da Diabetes tipo 1 nas
crianças e nos jovens tem vindo a aumentar significativamente na Europa,
nos últimos 10 anos, particularmente nas crianças com idade inferior a 5
anos. A terapêutica da diabetes tipo 1 é a insulina,
administrada de forma a mimetizar o padrão da sua secreção pancreática,
sem a qual o doente diabético não pode sobreviver. A par da insulina,
deve ter-se em atenção outros aspetos do tratamento como a alimentação, o
exercício físico e, muito especialmente a autovigilância da glicemia.
Sintomas que podem denunciar diabetes
A diabetes é muitas vezes assintomática mas que existem alguns sinais e sintomas característicos, sendo os mais comuns:
Sintomas que podem denunciar diabetes
A diabetes é muitas vezes assintomática mas que existem alguns sinais e sintomas característicos, sendo os mais comuns:
> ter muita sede
> urinar com frequência
> ter muita fome
> perda de peso rápida e acentuada
> cansaço invulgar
> dificuldade em sarar feridas
> infeções urinárias e vaginais de repetição
Texto original publicado na Farmácia Saúde n. 205, novembro/dezembro 2013
> urinar com frequência
> ter muita fome
> perda de peso rápida e acentuada
> cansaço invulgar
> dificuldade em sarar feridas
> infeções urinárias e vaginais de repetição
Texto original publicado na Farmácia Saúde n. 205, novembro/dezembro 2013