Saúde

Estudo: Portugueses Descobrem Benefícios da Terapia Celular em Doentes com Enfarte do Miocárdio
Um estudo realizado por investigadores portugueses da ECBIO (empresa dedicada à investigação e desenvolvimento em Biotecnologia) destaca o potencial terapêutico das células mesenquimais do tecido do cordão umbilical no tratamento de doentes com enfarte agudo do miocárdio. Os dados foram publicados na revista científica internacional "Stem Cell Research and Therapy". O artigo descreve os resultados de estudos em animais, realizados em colaboração com o INEB-Instituto Nacional de Engenharia Biomédica, que demonstram como a terapia com estas células estaminais adultas pode melhorar a função cardíaca, atenuar a remodelação do ventrículo esquerdo e reduzir o tamanho do enfarte. Em comunicado, Hélder Cruz, investigador em Biotecnologia do ECBIO, refere que "as conclusões deste estudo indicam que as células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical têm um elevado potencial terapêutico na atenuação de uma série de impactos negativos na função cardíaca, em doentes com enfarte agudo do miocárdio.
Além de diminuírem a morte celular, aumentam a densidade dos vasos e recrutam células progenitoras cardíacas, acelerando o processo de regeneração e aumentando as hipóteses de recuperação em enfartes mais extensos". Esta descoberta abre novas potencialidades para o tratamento de um problema de saúde que é responsável pela morte de 1300 portugueses todos os anos. O enfarte do miocárdio surge na sequência da chamada doença coronária, que se desenvolve devido à obstrução das artérias do coração. A precocidade de deteção dos sintomas pode ser fundamental para evitar a morte. Para ser possível obter e criopreservar estas células estaminais mesenquimais, a ECBIO desenvolveu uma metodologia que consiste no isolamento destas células a partir do tecido do cordão umbilical. A Cytothera é uma das empresas que usa este método.