O pH e a Flora Vaginal
Na
higiene íntima diária não deve ser utilizado o sabonete usado no resto
do corpo, para não alterar o ecossistema da flora vaginal. Produtos que
preservem o equilíbrio de zona tão delicada são a melhor opção. Na hora da sua higiene íntima o produto usado deve ser
específico, de modo a preservar o pH fisiológico da vagina,
caracteristicamente ácido. Não deve agredir os órgãos genitais externos e
deve possuir características diferentes do produto usado na restante
superfície corporal.
Ou seja, deve proteger o meio vaginal, tendo em conta as suas particularidades, como seja o pH ácido. Deve também manter intactas as defesas naturais da mucosa genital. A mulher deve, ainda, ter em conta que o ecossistema da vagina difere consoante a idade. Até à puberdade e após a menopausa, a flora saprófita composta por bacilos de Doderlein (responsáveis pela acidificação da vagina) encontra-se diminuída, pelo que o pH vaginal é quase neutro. Assim, a aplicação directa de produtos com pH ácido provoca desconforto e irritação.
A menopausa, a gravidez ou a menstruação podem contribuir para o desequilíbrio da flora vaginal. Consequentemente, uma alteração no sistema de defesa natural pode aumentar o risco de infecções vaginais, sendo as mais comuns a candidíase, a tricomoníase e as vaginoses bacterianas. Durante o período menstrual, por exemplo, o pH do meio vaginal torna-se alcalino, sendo por isso um meio propício à proliferação de alguns microorganismos que fazem parte da flora vaginal.
O fungo Candida albicans é responsável por uma das mais frequentes infeções vaginais – a Candidíase. Estima-se que cerca de 75% das mulheres terão pelo menos um episódio na sua vida e 40-45% terão dois ou mais. Esta infecção manifesta-se com desconforto vulvar, ardor, eritema, dispareunia (dor intensa durante o acto sexual) e corrimento esbranquiçado, grumoso, associado a prurido e sem odor marcado. Podem igualmente contribuir para o desenvolvimento da candidíase, o uso frequente de antibióticos, alterações imunológicas, ou o uso de roupa demasiado justa e composta por fibras sintéticas. A tricomoníase é uma infeção provocada por um parasita denominado Trichomonas vaginalis, sendo transmitida por via sexual. Esta infecção caracteriza-se pelo aparecimento de eritema, por vezes edema da região vulvar, prurido, ardor e aparecimento de um corrimento amarelado, por vezes esverdeado, com cheiro forte e desagradável. Já a vaginose bacteriana, é causada pelo aumento do número de algumas bactérias e caracteriza-se pelo aparecimento de um corrimento muito abundante, por vezes branco acinzentado, com odor fétido. Estas infecções costumam ser tratadas num curto espaço de tempo, através de fármacos administrados por via oral e/ou local (creme, comprimidos vaginais). Contudo, são episódios que podem ser prevenidos através de uma higiene íntima feminina adequada e regular.
Ou seja, deve proteger o meio vaginal, tendo em conta as suas particularidades, como seja o pH ácido. Deve também manter intactas as defesas naturais da mucosa genital. A mulher deve, ainda, ter em conta que o ecossistema da vagina difere consoante a idade. Até à puberdade e após a menopausa, a flora saprófita composta por bacilos de Doderlein (responsáveis pela acidificação da vagina) encontra-se diminuída, pelo que o pH vaginal é quase neutro. Assim, a aplicação directa de produtos com pH ácido provoca desconforto e irritação.
A menopausa, a gravidez ou a menstruação podem contribuir para o desequilíbrio da flora vaginal. Consequentemente, uma alteração no sistema de defesa natural pode aumentar o risco de infecções vaginais, sendo as mais comuns a candidíase, a tricomoníase e as vaginoses bacterianas. Durante o período menstrual, por exemplo, o pH do meio vaginal torna-se alcalino, sendo por isso um meio propício à proliferação de alguns microorganismos que fazem parte da flora vaginal.
O fungo Candida albicans é responsável por uma das mais frequentes infeções vaginais – a Candidíase. Estima-se que cerca de 75% das mulheres terão pelo menos um episódio na sua vida e 40-45% terão dois ou mais. Esta infecção manifesta-se com desconforto vulvar, ardor, eritema, dispareunia (dor intensa durante o acto sexual) e corrimento esbranquiçado, grumoso, associado a prurido e sem odor marcado. Podem igualmente contribuir para o desenvolvimento da candidíase, o uso frequente de antibióticos, alterações imunológicas, ou o uso de roupa demasiado justa e composta por fibras sintéticas. A tricomoníase é uma infeção provocada por um parasita denominado Trichomonas vaginalis, sendo transmitida por via sexual. Esta infecção caracteriza-se pelo aparecimento de eritema, por vezes edema da região vulvar, prurido, ardor e aparecimento de um corrimento amarelado, por vezes esverdeado, com cheiro forte e desagradável. Já a vaginose bacteriana, é causada pelo aumento do número de algumas bactérias e caracteriza-se pelo aparecimento de um corrimento muito abundante, por vezes branco acinzentado, com odor fétido. Estas infecções costumam ser tratadas num curto espaço de tempo, através de fármacos administrados por via oral e/ou local (creme, comprimidos vaginais). Contudo, são episódios que podem ser prevenidos através de uma higiene íntima feminina adequada e regular.
Texto original publicado na revista Farmácia Mais Saúde, novembro/dezembro 2013