Estudo: 36% dos Portugueses com Doença Inflamatória do Intestino Alvo de Piadas
Relativamente ao absentismo laboral, 59% dos doentes sentem-se stressados e pressionados por ter de faltar ao trabalho por causa da doença, mas 75% indicaram já ter faltado pelo menos um dia durante o ano por causa da doença e 21% já faltaram mais de 25 dias. Como principais razões apontam as consultas médicas (69%), emergências médicas com necessidade de ida ao hospital (54%), fadiga (43%) e cólicas ou dor abdominal (34%). Em termos de hospitalizações, 87% dos doentes diz ter sido hospitalizado pelo menos uma vez em 5 anos por causa da doença. No patamar da discriminação e estigma social, 24% dos entrevistados diz ter sido vítima de queixas e comentários injustos ao seu desempenho profissional e 19% revela mesmo já ter sido discriminado no local de trabalho. Em termos de profissionais, 49% dos doentes afirma que as suas perspetivas de futuro foram afetadas negativamente pela doença inflamatória do intestino e 31% dos doentes indica que a doença já fez com que se despedissem ou que fossem despedidos do seu trabalho. Em termos pessoais, 22% dos inquiridos relevam que a doença os impediu de fazer ter amigos e 45% referem que a doença inflamatória do intestino os impediu de apostar numa relação pessoal. Contudo, 66% nega que a doença tenha sido a causa do fim de uma relação.
A DII engloba duas patologias – doença de Crohn e colite ulcerosa – e manifesta-se frequentemente entre os 15 e 30 anos mas pode surgir em jovens de qualquer idade, sobretudo a partir da primeira década de vida. Sendo que, em 20 por cento dos casos a doença tem início durante a infância ou adolescência. As crianças e jovens que sofrem desta doença do foro intestinal têm de lidar com surtos de dor abdominal e diarreia, o que obriga à necessidade de usar, de forma inesperada e frequente, a casa de banho. Na escola e noutros locais sociais, a doença pela sua natureza, desencadeia bastante desconforto físico e emocional, levando ao isolamento e à perda de atividade.